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Christof Totschnig
Português sem fronteiras ou Vamos lá - (nenh)uma comparação
präsentiert im Rahmen eines Portugiesisch-Kurses im Instituto de Estudios de Iberoamérica y Portugal der Universität Salamanca im April 1999
Erschienen: Juli 2001
Empfohlene Zitierweise:

Christof Totschnig: Português sem fronteiras ou Vamos lá - (nenh)uma comparação (Juli 2001), in: g-daf-es <http://www.g-daf-es.net/lesen_und_sehen/texte/ct5.htm>.

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Neste texto queria apresentar outro método de português como língua estrangeira e compará-lo com o método que andamos a usar nas aulas. As minhas comparações referir-se-ão principalmente a dois pontos: os objectivos de ensino e, em relação estreita com estes, as formas de exercício.

O manual chama-se "Vamos lá", é de duas autoras portuguesas e publicou--se em 1994 em "Hueber", uma das casas editoras mais importantes no sector do ensino de línguas na Alemanha. Compreende dois tomos, um livrinho com uma lista de palavras e um compêndio da gramática e duas fitas acústicas.

Já ao abrir os dois livros e comparar as tábuas de matérias vêem-se as diferenças no conceito didáctico: o índice de "Português sem fronteiras" enumera as áreas lexicais e as áreas gramaticais que as unidades tratam. Disto já se pode deduzir o objectivo que os alunos devem alcançar através do método: adquirir conhecimentos do sistema linguístico do português, das estruturas gramaticais e do vocabulário. O índice de "Vamos lá" é diferente: no primeiro lugar contém uma lista das acções que os alunos devem chegar a realizar em português, por exemplo "apresentar-se, cumprimentar alguém, despedir-se" no primeiro capítulo o " expressar desejos e perguntar pelos preços num café" no terceiro. Os temas gramaticais ficam relegados a um lugar secundário já na tabúa de matérias.

Então, como é que se organizam os capítulos para fazer chegar os alunos a levar a cabo situações comunicativas básicas como por exemplo na recepção dum hotel (marcar um quarto, expressar o seu descontentamento com o serviço) ou na rua (informar-se sobre os meios de transporte para chegar a um sítio determinado, comprar um bilhete para o eléctrico) etc. Vou apresentar o capítulo 4 como exemplo para o caminho didáctico traçado pelo manual. O objectivo deste capítulo é aprender a manejar as diferentes situações comunicativas num hotel. Um diálogo curto que os alunos ouvem primeiro da fita serve de modelo (também fonético). Num segundo passo apresentam-se componentes alternativos para o diálogo modélico. As actividades dos alunos, numa terceira fase, consistem em resolver problemas comunicativos, quer dizer escolher as estruturas comunicativas adequadas para uma situação dada.

Além destes exercícios onde o aluno é convidado a representar um papel (dum cliente no hotel ou na estação ou no mercado por exemplo) há outras actividades onde o aluno pode actuar , falar como ele próprio. O exemplo mais simples para este tipo de actividades linguísticas reais, nao fictícias, encontra-se no primeiro capítulo: depois de apresentar as estruturas para cumprimentar , apresentar-se , perguntar pelo nome de outra pessoa convida-se os alunos a fazer uso do português embrionário que acabaram de aprender para se conhecer mutuamente, quer dizer para levar a cabo uma acção linguística real em português. As actividades deste tipo onde os alunos podem actuar como indivíduos, como eles próprios, oferecem, na minha opinião, duas vantagens:primeiro, a aplicação de estruturas novas para necessidades comunicativas reais, autênticas favorece o ancoramento das informações, palavras e estruturas novas no cérebro. Segundo, pode-se criar, graças a actividades deste tipo, uma atmosfera amena, uma dinâmica de grupo na sala de aulas.

Nos exercícios e actividades em "Português sem fronteiras" o aluno só deve pôr formas gramaticais em buracos de frases dadas ou transformar frases segundo um modelo dado. Em vez de favorecer o contacto e a comunicação dentro do grupo limita o papel do aluno ao dum autómato. E é claro, os autómatos nao chegam a interessar-se pelos autómatos vizinhos.

Talvez os exercícios de "Português sem fronteiras" sirvam para alcançar o objectivo implícito, até explícito do manual, adquirir conhecimentos do sistema gramatical e lexical da língua. Mas estos conhecimentos nao implicam automaticamente a faculdade de manipular situações comunicativas. Disto tive de me convencer há algumas semanas atrás quando passei um fim-de-semana no Porto e tive grandes dificuldades em levar a cabo uma conversa mínima no mercado ou informar-me sobre o autocarro para ir à praia. Pouco me ajudou o ter feito todos os exercícios. Um método mais comunicativo como "Vamos lá" pode atenuar tais choques e frustrações que aguardam os alunos fora das salas de aula.


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letzte Aktualisierung: 8. März 2004
actualizada: 8 de marzo de 2004